Poemas : 

FINS E MEIOS

 
O café tingiu o leite
O sutiã escondeu o peito
O carro atropelou o sujeito
O silêncio foi violado pela canção
A capa espantou a chuva
A luva, ah! luva
Não senti a maciez de tua mão.

O trovão lembrou que existe o medo
O violão movimentou o dedo
O fim me fez lembrar os meios
A morte me levou ao devaneio.

O leite não é tinta
Os seios nus fazem com que eu sinta
Sem carro não há tropeço
A canção trouxe um bizarro sentimento
Qual o meio para espantar aborrecimentos
A morte não é o fim, é o começo.

***Joel de Sá***
12/12/2008.



 
Autor
Joel Pereira de Sá
 
Texto
Data
Leituras
660
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 13/12/2008 00:32  Atualizado: 13/12/2008 00:32
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: FINS E MEIOS
adorei!

muito criatívo. Delícia de texto.

Maria Verde