Mergulho nas ondulações dos sons que invadem a minha alma... embalo-me na música que liberta as palavras aprisionadas... desato a nostalgia, a dor de viver neste emaranhado de cores melancólicas.
Esqueço-me de mim, adejo nos timbres e ritmos de outra dimensão, embrenho-me na luz da memória (es)aquecida, abraço-me com poemas perfumados de sol que guardei na gaveta das lembranças e (re)encontro-me na ausência do que sou hoje.
As melodias enlaçam-me no segredo do poema, flutuo no enleio do verbo que me conjuga o presente do verbo VIVER... e percebo que o autêntico sentido da palavra viver é simplesmente AMAR.
Prendo os verbos ao meu coração e sorrio. Oiço a música das estrelas e adormeço na almofada do poema que acorda flores seduzidas num jardim íntimo de rimas e cadências de incensos etéreos.
A música (de)mora em mim... é o pássaro da alma que me leva nas alas encantadas da poesia! Liberta-me! Voo!
Fanny