MUDANÇA
(Davys Sousa, Teresina-PI – 10 de Dezembro de 2008)
Tenebrosa sombra que me acompanha,
Tirai-me os desejos sórdidos
Que na Terra, eu tenho,
Assim como os vermes, que no dia
Eu encontrarei em ti, comerão minha carne
Ilibando meu espírito
Com toda a sua natureza assassina
E desígnios de fogo que a alma exprime
Violentai-me a alma.
Vem, sombra fugidia do tempo
Tirai-me todo remorso
E alimentai-me com a frialdade, o dorso
Sanguinolento inibindo qualquer
Ressentimento ou culpa ou compaixão
Golpeia-me o coração sem pena
Como alguém que experimenta o doce,
Mas ver o doce, tão amargo
E áspero, como o inverno chegando.
Então, assim, aspirarei à verdade,
Respirarei a liberdade completa
De ser quem eu posso ser
Sem arrependimentos, sem revolta.
E assim, matar alguém dentro de mim!
Provocando o doce e o amargo do ser.
Davys Sousa
(Caine)