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Acreditar...em nós!

 
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Em certos momentos da nossa vida paramos para reflectir sobre tudo o que nos rodeia, sobre tudo o somos e sobre tudo o que fazemos. A fase dos porquês. Nada parece fazer sentido. Nada é como queremos que fosse, e porque temos a noção que como seres humanos é preciso encontrar um sinal do destino para solucionar isso. É como se vivêssemos com base na ideia de que a vida marca o ritmo, e nós dançamos a seu jeito.
Por tudo isso nos foi dada a oportunidade de construirmos a nossa liberdade. Livre? Só não é quem não quer, quem não acredita em si acima de tudo ou quem olha para os outros com uma admiração tão ilusório que perde a consciência de si mesmo. A meu ver, liberdade, é sermos os responsáveis pelas nossas acções, os culpados das nossas atitudes, é sermos os principais beneficiados do resultado do que por mérito próprio obtemos. É sermos líderes da nossa própria existência. Liberdade, para mim, já deixou de ser o poder sair á noite, o poder ir a uma festa. É incontornável termos de viver sobre regras e padrões culturais impostos na nossa sociedade, desde sempre, e que existirão para sempre (!). É inevitável termos de seguir e cumprir as ordens de alguém superior (!), mas é também inevitável e fundamental saber lidar com isso e ajustarmos a nossa personalidade a isso, chama-se socialização secundária, e todos temos que passar por isso.
Ora bem, tudo isto para chegar ao ponto que para mim é mais critico na juventude, a auto-confiança. Não, não é a auto-confiança que me preocupa, pelo contrário, indigna-me completamente saber que existem pessoas que acreditam mais no ‘vizinho’ do que em si mesmas. Isto é incontornável, é o único sítio em que podemos aplicar o ‘sempre’ com segurança, nós e só nós, seremos sempre, e acima de tudo, o nosso melhor amigo. Apenas nós, física ou psicologicamente, estaremos em qualquer lugar, em qualquer momento, sempre que for preciso. Nós e só nós! Não existe ninguém, por mais amigo que seja, que possa falar, ouvir, fazer, sonhar, lutar, chorar, rir (etc…) no nosso lugar, com o nosso corpo ou a nossa cabeça. O nosso carácter é construído através das nossas vivências, conhecimentos e condutas. Como podemos querer ter um carácter forte, se não instruímos o nosso cérebro a auto organizar-se com base numa política de auto confiança e solidez espiritual? Criamos tantos handicaps mentais que nos auto-degradamos interiormente, por pura burrice própria. Se somos alguém, se existimos, é porque alguém, quem quer que seja, nos deu essa rara oportunidade. Só temos que aproveitar e viver (!), como somos, tal e qual, e ignorar quem não gosta ou quem aponta o dedo. Não temos nem podemos querer agradar a todo o mundo, é impossível, e temos que nos sentir felizes e de certa forma influenciados pela opinião daqueles que se preocupam connosco, não com a opinião de pseudo modelos sociais, que são admirados só porque na escola, no trabalho, ou num grupo têm um estatuto pré definido. Isso é balelas. Se calhar nunca ninguém teve a coragem de confrontar, e por isso, é visto ou vista como alguém superior. Além disso, porque havemos nós de desmoralizar só porque alguém nos criticou ou espezinhou? Pelo menos reparam em nós, e bem ou mal, utilizaram o seu “precioso” tempo em nós. Temos tanto espaço neste mundo quanto ele (ou ela), e os (ou as) que criticam, será que fariam melhor? Não! A quando do nosso nascimento, é-nos dado o dom de escolher-mos quem faz ou não faz parte da nossa vida, a tal liberdade...ter a coragem de marcar alguém como indiferente, seja quem tiver de ser, é o primeiro passo para conquistarmos a confiança em nós próprios. Ter coragem de assumir o que é bom ou que é mau. Ter coragem de enfrentar seja quem for. Ter coragem de saber separar os podres dos maduros e ter a noção que primeiro temos que ser honestos e fiéis aos nossos princípios, e só depois aos dos outros, não é egocentrismo, é confiança pessoal. A ideia não é viver para nós e por nós, a ideia é acreditar no valor que possuímos. Na verdade, não existe NINGUÉM que não tenha um dom especial para qualquer coisinha. Uns nascem para a música, outros para o desporto, outros para a culinário, outros para X, outros para Y. A troca de dons, de experiências, de conhecimentos, a tal socialização secundária, enriquece-nos o espírito e faz-nos crescer como ser humanos. Todos aqueles com quem nos cruzamos, não importa onde, como, porquê ou com que intensidade, nos transmitem algo, nos passam algum conhecimento, tal como nós lhe transmitimos a ele da mesma forma. Reciprocidade... E para quem se acha sem caminho, quem acha que está perdido na vida, só lhes consigo dizer uma coisa, o caminho faz-se a andar! Não podemos ficar sentados ou á espera que venham ter connosco dizerem-nos qual o nosso talento, o nosso dom. Tem que ser cada um, a procurar dentro de si, qual a sua valia. De que maneira pode agradar a si, e ao mesmo tempo ajudar os outros. Não podemos desanimar porque nos fecharam a primeira porta. A história não se lembra dos que caíram e desistiram, e além do mais, homem que nunca caí não sabe o gosto que é levantar e seguir caminho (!). A cada acção, cujo resultado seja bom ou mau, (sim, porque um grande feito não nos garante a supremacia), temos que ter os olhos postos no futuro porque nunca saberemos quantas mais "portas" teremos pela frente! "Acreditar que crer é poder, LUTAR E VENCER!". Ninguém vai lutar por ti, mas acredita que todos querem vencer contigo. Luta! Partilha o sucesso com os outros, mas guarda a vitória para ti. Prova a ti mesmo, e mostra aos outros que com fé tudo é possível. Já pensaram que podem ser um exemplo para alguém?! A maior vitória que cada um pode conquistar é vencer-se a si mesmo, cumprir os seus objectivos com sucesso. Não acho que deva constituir uma prioridade desejar ser uma pessoa conhecida, famosa, carregada de pseudo sucessos. Acho que temos sim de procurar ter valor independentemente de ganhar-mos ou não alguma coisa na vida! O valor está em nós, e fica guardado para nós, óbvio que se fizeres mal todos vão criticar, insultar e deitar abaixo, mas se venceres tens amigos em todo o lado. Tens que mostrar a quem te criticou que errar é humano, e aos teus "amigos" que para atingires sucesso só precisas (essencialmente) de acreditar em ti. A vida foi-nos dada em bruto, com o tempo temos que molda-la consoante os nosso objectivos, consoante o que queremos, e não podemos deixar que chagas tentem alterar o formato da nossa moldura. Se formos fortes, se formos corajosos, se lutarmos por uma razão forte então o fruto de tudo isso serão acções fortes! A experiência não se ganha ao viver algo, pelo contrário ganha-se quando fazemos por viver uma situação ao acaso da maneira mais intensa e consciente possível. Mudem de atitude, acreditem em vocês, lutem pelo que querem! Abstraiam-se deste Mundo de inveja e cinismo, e não se esqueçam que só sabem do que são capazes quando tentarem fazer.


Convido-vos a visitar o meu blogue pessoal, e agradeço também que sejam críticos e construtivos. Obrigado

© Meister 11/12/08
 
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bjffmatos
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 12/12/2008 14:46  Atualizado: 12/12/2008 14:46
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: Acreditar...em nós!
Um texto pleno de confiança e auto-confiança. Confesso que não acredito muito em mim, mas estou a tentar melhorar, com a experiência

Beijo


Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 12/12/2008 23:15  Atualizado: 12/12/2008 23:15
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: Acreditar...em nós!
Há que acreditar...
Belíssimo e cativante texto debruçado em questões pertinentes e de índole social, de grande valor.
Talvez faça com que meditemos e nos fortaleça de forma a superarmos nossas deficientes atitudes e actuações.
Um abraço.