Luso-Poemas
 
Poemas -> Desilusão : 

Descalço

 
Delcalço na calçada,
Na pedra encalcetada,
De calos duros,
Por caminhos escuros,
Em caminhada,
Sigo em busca do nada,

Em cortes e feridas,
Por estradas esquecidas,
Onde ninguém passa mais,
Não há memórias de postais,
Nem de cartas preenchidas,
Com as tuas palavras,

De sola dura,
Em pedra pura,
Prossigo a procura,
De trilhos diferentes,
Passo após passo vejo que mentes,
E jogo fora as botas,
Que me calçavam,
Quando estavamos contentes,

Descalço na calçada,
Entre tudo e cheio de nada,
Levo uma esperança cansada,
Nesta rua iluminda,
Por vontade e sacrifício,
Viciado neste vício,
De amar,
Sigo no caminho,
Sem ter o que calçar.

Obrigado a tudo o que me inspira.

 
Autor
Ruben
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
850
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
2 pontos
2
0
0
Recentes
Cansaço
Ópera do Mendigo
"Mágoas"
Luas Novas I
Noites à Lareira
Aleatórios
Dilúvios
Diz-me que o mundo é belo
"A noite em que te conheci"
"Soluços"
Cadernos vazios
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Angela
Publicado: 26/04/2007 13:12  Atualizado: 26/04/2007 13:12
Colaborador
Usuário desde: 28/09/2006
Localidade: Caldas da Rainha
Mensagens: 567
 Re: Descalço
O ritmo do teu poema ajusta-se perfeitamente ao seu conteúdo, pois remete-nos de facto para o caminhar. E depois os jogos de som, de significados estão muito bem conseguidos, ou seja, é um poema cheio de musicalidade, muito agradável de se ler.

Gostei muito.

Um beijinho.

Enviado por Tópico
TrabisDeMentia
Publicado: 27/04/2007 00:53  Atualizado: 27/04/2007 00:53
Webmaster
Usuário desde: 25/01/2006
Localidade: Bombarral
Mensagens: 2335
 Re: Descalço
Eu tenho uma balança e uma pedra no sapato para servir de peso. Infelizamente não tem qualquer utilidade pois não me consigo descalçar...
Quando puderes lê o meu poema "Droga de amor". Retrata exatamente esse vício...
Concordo com a Angela, o teu poema está muito bem estruturado, as palavras estão fonéticamente entrelaçadas entre as laçadas fonéticas da mente. Acho que com jeitinho fazias aí um rap à maneira!

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre