TERESINA: Perdida Estrada da Vida (Parte I)
(Davys Sousa – Teresina-PI, 10 de Dezembro de 2008)
Nesta cidade, que sentimento falta?
Que verdade se encontra no túrgido seio da moral?
Uma sociedade que se exclui... O que causa tal perdição?
O ócio da cidade se esconde em furtar...
E cadê a dignidade do homem?
O ócio da cidade se esconde, também, em fuder...
Este parece ser o único ofício da cidade que muitos ocupam...
Outrora havia praças ocultas pelas sombras
Onde paraísos de orgias e prostituições eram estabelecidos...
Praça da Bandeira, Praça Saraiva!
É o que a cidade pensava e pensa...
Direitos e deveres do demo...
Com palavras de aparências muitos enganam
E outros se deixam ser enganados!!!
Que honra e moral se preza nesta cidade?
Pessoas vazias
Maliciosas vagam em volúpias noturnas
Regozijando como vermes ermos e ímpetos...
Escondidos em roupas de grifes,
Status, Carros, Influências Políticas,
Presas em falsas vidas e Mentiras...
Perdendo, enfim, a vida e a felicidade,
A sutil embriaguez da inocência...
Olhares feridos, almas tristes,
Em vão, embora ajam como não
Não tivessem almas tristes, solitárias...
Vaidades prezam como religião
Indulgentes injustiças: gozo violento,
Truculento que vem d’outrem tirar
Em perseguição... Felicidade não há
Se antes não abraçar as imundices e a dor
Aqui, fora daquela vespertina e tardia gentileza
Há frios corações egoístas!
- Como conviver com a ignorância acerba de outro?
Somos seres pequenos, com pequenos sonhos,
Mas, às vezes, com grandes ambições
Para isto qualquer um pode ou poderia ser descartável!
Bares cheios de gente
Gente vazia
Onde ingênuos não sonham...
Sem essência,
As pessoas, apenas, sobrevivem.
Não acordam
Para a FILOSOFIA DE VIDA.
Não reclamam
As indulgentes injustiças
Porque quase tudo que não é perdoável,
É perdoável
Pois o silêncio cala...
Violenta ação recai a cidade
De homens vazios...
[Bares, boates:
Paraíso de drogas...
Universidades, banheiros públicos, shoppings, supermercados,
Estacionamentos, lan houses, debaixo dos trios elétricos, carros parados,
Escuras paragens, becos intocados pela luz:
Paraíso de sexo!!!]
Não te iludas com a vida!
Não te iludas com as palavras...
Nesta cidade, não há grandeza! Só a vida sórdida!
A juventude roubada
Pelo lado escuro da vida...
O corpo seria vendido a qualquer preço
Desde que seja negociável...
Nesta cidade, qual a flor do holocausto?
Que vaidade carrega a dor da cidade?
Nas ruas escuras, pessoas passeiam juntas,
Mas, pode haver algo que as impeça...
Ninguém se alegra com a felicidade d’outrem
Ninguém se contenta em ser infeliz sozinho...
O homem com suas más e perversas ambições
E cobiças é o desmistificador do Amor,
E cabe a ser como um lobo
Disputando pela felicidade...
Faminto, sedento... nesta cidade
A cidade que chora entre dois rios...
Davys Sousa
(Caine)