Lenta vem, num sôfrego deslizar
Esta negra solidão que me corrói,
E que tudo em meu redor destrói,
Num silencioso e calmo devastar…
Lá vem, em crescendo caminhar,
Passo a passo...me esvazia e mói
Num imenso sofrimento, que dói
E que parece não mais acabar…
E, eis que se agiganta com o tempo
Fortalecendo-se, segundo a segundo,
Ignorando qualquer contratempo…
Trata-me que nem um vagabundo,
Transformando num passatempo
A minha existência neste mundo!!!