Por onde preferes que comece ? Se calhar pelo inicio, amo-te, ok isto não era bem o inicio mas queria dizer-to antes de começares a ler tudo que tenho para te dizer, ate porque acredito que o amor é um conceito e não uma palavra ou sentimento, um conceito de querer, poder, desejar, no fundo um vasto e complexo misto de sentimentos e atitudes.
Estaria a mentir se afirma-se que me apaixonei por ti á primeira vista, mas afirmo que te desejei quando te via linda como assim o és pela escola como se desfilando e me provoca-ses, mas nem sequer olhavas para mim, sempre me senti defeituoso, eras e continuas a ser mulher demais para homem de menos, mas prosseguindo, não era amor era mais desejo e curiosidade em conhecer tão bela menina, já viste um daqueles filmes em que as raparigas suspiram quando passa o garanhão da escola ? um daqueles mesmo à Americana em que a menina mais bonita do liceu se apaixona pelo rapaz mais feio? pronto era tipo isso, só que me vez de tu seres um gajo jeitoso e eu uma pita descontrolada, era o inverso, eu era um rapaz cheio de defeitos e ficava tipo “Wow que mulher!” quando passavas, mas nem olhavas por isso sempre me fiquei pela citação e para mim mesmo.
Entrei na pior fase da minha vida a nível psicológico, não sei o que tinha, sentia uma ansiedade um desespero interno que só conseguir cuspir na escrita onde a palavra suicídio era pintada em excesso, senti que estava louco, hoje é o dia que sei o que provocou os ferimentos que tanto custam a sarar, a palavra auto-estima exista mas sempre procedente a “Nula” , sou uma criança com 18 anos que não encara a sua idade e só com a tua ajuda começou a perceber que há responsabilidades e o grande defeito de preguiça deve ser ultrapassado. Como digo sempre “Sou uma criança mimada sem mimos” se calhar o grande problema estava nesta frase, não tenho mimos! e agora ? como me vou sentir ? não sou incompleto ? já la vai a idade em que me mitrava na cama da minha maezinha e ela dava-me muitos beijinhos ate adormecer e sonhar com as brincadeiras do infantário com os outros meninos, em que festejava no Natal os presentes de quem me amava, enfim uma época feliz, quero voltar a ter 6 anos, quero voltar a sentir-me amado, foi este pensamento que me fez sentir tudo aquilo senti durante 3 meses próximos da loucura imatura, “Alípio, não há depressão na tua idade” diziam-me os amigos mais próximos, mas ficou para traz porque conheci um anjo que veio acrescentar o sentimento de ser amado à permanente dor.
DanielCampos