Vem esta crónica reflectir sobre umas marcas de produtos que tenho visto na publicidade. Aqui há uns tempos reparei que haviam umas fraldas descartáveis de marca Lindor (anatómica). A publicidade anda em volta de uma senhora que apesar da idade se nota que está ali para as curvas, gosto especialmente da parte em que ela aperta as calças com um colchete de lado e dá para se ficar com uma ideia do perfil da augusta senhora, que tem ainda um rabo que faria as delícias de muito cinquentão. Nessa publicidade aludem à pequena perda de urina que se deposita nas cuecas e se pode tornar incómoda. Podiam pôr um homem também, porque nós homens também temos esse dilema, principalmente quando damos a mijinha e ficamos ali na incerteza se metemos o marsápio para dentro ou lhe espetamos com mais de três abanadelas o que aqui no norte é considerado masturbação (nós cá no norte chamamos outra coisa mas fica assim…), é que convenhamos, três abanadelas é pouco para suprimir o irritante pingo. Para quem opta pela primeira opção invariavelmente dá-se mal, as senhoras ainda têm o papel higiénico ali á mão mas nós homens não temos nos mictórios o redentor toalhete ali á mão. Já pensei enfiá-lo naquelas máquinas modernas que sopram ar, mas tenho medo de ser apanhado e mal compreendido. Assim, por esse ponto de vista, assumo, eu sou um punheteiro (pronto, disse). Mas voltando á vaca fria que neste caso é uma fralda de marca Lindor publicitada por uma balzaquiana quero aqui advertir que as fraldas não servem só para isso, ou vocês acham que aqueles velhos decrépitos (sim…porque esses, eles não põem a fazer publicidades, mas é essencialmente para eles que se destinam as fraldas) só lhe fazem uma inofensiva mijinha? Não, eu não acredito, e vocês? Hum? É claro que também vai para ali barro, e muito, e várias vezes ao dia… (e como se costuma dizer nas receitas, reserve)
Falo agora de uma marca que vi surgir neste natal, época de coisas doces, uma marca de bombons, em que dois mestres pasteleiros andam ali às voltas com um chocolate a pingar de uma batedeira, aquele delicioso líquido pastoso a escorrer para um molde de chocolate já endurecido, em novelos de macieza. Eu fico a imaginar-me a trincar aquela capa dura e crocante do chocolate negro até atingir aquela macieza que nos inunda a boca e se cola no palato…hum.
Bem, antes de começarem a lamber os beiços, a marca dos tais bombons é imagine-se, Lindor…! Porra (!!!!), será que é disso que falam quando se referem á reciclagem de fraldas usadas?