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Poema Curto - 10

 

Série de Poemas a Poetas


Poema Curto 10

a José Carvalho e Guerra Junqueiro







de noite, amarra-me na concha pura

deito ainda o braço trémulo da

caneta leve, amarra-me a tinta branca

onde o leite escreve o mel e as natas

os corpos sabem o toque do zinco, é

outono entre os lençóis e as framboesas



o percurso será sempre incerto.

quando te vou ver, e aqui a ausência

chora a transparência existe – a nós do

barco em chocolate branco de Belém



navegarás onde eu fabricar a sensibilidade

da água e da árvore – a rola – entre as mãos



José Gil

 
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 09/12/2008 11:07  Atualizado: 09/12/2008 11:07
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 Re: Poema Curto - 10
"navegarás onde eu fabricar a sensibilidade"

O poema é belíssimo, mas este verso é um espanto!

Beijo