O carteiro tocou uma vez
A ver se alguém estava,
E para tristeza sua
Só encontrou silêncio.
Tocou segunda vez
Mais forte e decidida
Porque afinal o carteiro
Toca sempre duas vezes.
Ele ouviu um ruído distante,
E tocou pela terceira vez.
O povo costuma dizer
Que à terceira é de vez.
Tocou quarta vez
Em força crescente,
A encomenda é urgente
E alguém está em casa!
O quinto toque já em
Tom de desespero
Precede o grito
Por quem se esconde atrás da porta.
Ao sexto toque suave a porta abre-se,
Senhora venho entregar-lhe o meu coração,
Embrulhado e sem portes de envio...
Aceita a encomenda?
8 de Dezembro de 2008