Ó senhor Presidente
Olhe com atenção
Este país atentamente
Portugal está doente
Da mundialisação ?
A desilusão crescente
A moral pelo chão
A esperança inconsequente
O futuro dependente
Ó decepção.
Há demasiada gente
Lá p’las vias do não
Tanta gente carente
Sonha ainda eminente
A revolução
De uma vida coerente
Á espera ( na estação
Do comboio do ocidente )
Está a juventude impaciente
Atenção.
Ó senhor Presidente
Oiça com atenção:
Olhe que é urgente
Dar uma vida decente
Aos filhos da nação.
Trabalho a cada dia
Liberdade, alegria
Esperam da democracia.
Dê lá um jeitinho
Do Algarve ao Minho.
Ó senhor Presidente
Olhe que é urgente.
Urbano da Vila.