O sol, sem pedir licença, invade os
aposentos, de meu quarto, mal
nasce a manhã, primeira de muitas,
e põe-se a brincar com meus olhos.
Meu pensamento és tu, e faço por
te imaginar, inda aí corre a madrugada:
sei-te dormindo, e, como alguém
apaixonado, questiono se me sonhas.
Salto da cama de um só pulo e teu
sorriso me acompanha, como não há.
E logo sou feliz, por pensarmo-nos,
cada um de seu lado, deste Oceano.
Meu dia gira à tua volta, e tudo, o que
concebo, tem inscrito a ouro, teu nome.
Daqui a um pouco, sei que estaremos
juntos, para namorarmos finalmente.
E quando o momento se dá, não tem nem
felicidade igual à nossa, porque em nós,
tudo é vida e cumplicidade, desejo sem par,
amor que cultivamos, de há muito tempo.
E quando nos despedimos, fica a saudade
e a esperança de novo encontro, que não
tem como evitar, enquanto passamos o dia,
a reger a vida, como pelas mãos de ambos.
Pois somos unos e unos vamos noite dentro,
até que nos despedimos, até à manhã que
vem sempre depressa, para repartirmos o
nosso amor, rirmos, chorarmos, sermos nós.
Jorge Humberto
05/12/08