O sol já se pôs,
O mundo mergulha na escuridão das trevas
Apenas a pequena luz do meu candeeiro rompe a escuridão
Iluminando a melancolia que envolve a minha alma e entristece o meu corpo.
Eu apenas escrevo,
Nada faço para combater a solidão e a dor,
Vou manuseando uma caneta como de uma espada se tratasse
Rabiscando um monte de palavras tolas que ninguém irá ler,
Tentando afastar de mim os maus pensamentos.
Eu não sou artista, muito menos escritor ou poeta
Posso muito bem não ser bom orador,
Mas vou escrevendo discursos silenciosos que apenas eu ouvirei.
Meticulosamente escrevo, como pintasse um quadro de uma linda paisagem
Mas apenas represento por caracteres e sinais gráficos
Uma paisagem triste da minha alma chorando.
A noite já vai alta,
Eu permaneço acordado na escuridão do meu quarto,
Continuo o desabafo da minha vida num pedaço de papel.
A tinta da caneca mistura-se com as lágrimas que me vão caindo,
Produzindo assim palavras vivas e sentidas apesar de tristes.
Já tentei desistir de escrever, mas não consegui
Mais do que simples palavras que saem da ponta da caneta
São sentimentos gritantes que silenciosamente penetram na escuridão da noite.
A noite está a chegar ao fim e os primeiros raios de sol rasgam o céu escuro,
Eu fecho a janela para que este não me invada o quarto
Permanecendo assim na escuridão.
Apenas continuarei a escrever e dormirei sobre as minhas palavras…