O Homem é um ser esquisito, ainda ontem,
minhas palavras, que deixei ditas, e, que
vós todos, tendes lido, com o mesmo tom
sério e reflexivo, em que os versos, foram
escorrendo de meus dedos, até ficarem gravados
na folha, hoje sinto-me feliz e bem
mais confiante: obra estrutural do amor.
Afinal acho que devemos discorrer, sobre
as duas fases da moeda: um dia somos pergunta,
no outro, senão certeza, desejo, de que, se
vivermos intensamente, tendo por fundo,
apenas a verdade, ficaremos mais perto de alcançar,
aquilo por que nosso coração semeando vai,
em nosso peito: amor e razão de existir.
Não concebo o Homem sem a Mãe Natureza,
é por isso, que, em quase toda a minha poesia,
ao narrar um acontecimento, gosto de me
misturar com ela. E longos passeios me permito,
por caminhos ainda virgens, onde reina o
silêncio e trago-te, pela mão, a meu lado. E,
sentados, ante uma árvore, trocamos olhares.
Finalmente ouve-se ao longe, alguns ruídos,
próprios de animais, vagando pela floresta.
E, ganhando coragem, uma bela ave, poisa,
por sobre a nossa árvore e inicia um ritual de
melodias graciosas. Cerrando nossos olhos,
encostamo-nos ainda mais, um ao outro, e,
deliciados, declaramos: que belo o seu cantar!
Porém, diria eu, quão belos nossos sentimentos,
que nos faz reparar nestas coisas, onde a
vida, assume seu papel preponderante, neste
pequeno Mundo, que a todos reservou, espaço
devido, exigindo somente respeito, no bater
de coração, de cada uma, dessas vidas. E, rosto
com rosto, sorrimos, por sermos quem somos.
Inspirado pela Natureza, escrevo-te uma carta,
apenas soletrando o que lá poria, se tivesse uma
carta. Descrevo-te, das mulheres, a mais bela,
um lindo jardim, onde só as flores mais bonitas,
nascem e crescem, seduzindo o sol, quando as
manhãs se realizam, batendo calmamente, no
umbral de tua janela, para dizer-te, de meu amor.
Jorge Humberto
04/12/08