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Natal

 
ando intranquilo

bem me deito e encosto o corpo às nuvens
da minha cama de onde parto à noite

todas as noites daqui para a terra que sempre vi
suspensa na minha vontade desde criança
e onde o Natal acontecia doce
dia a dia

ando intranquilo

sempre que me levanto corro das núvens ao chão
lavo com água o corpo
só o corpo
e frente ao espelho pergunto a todos quantos vejo

quem não viu uma terra assim?
quem?

 
Autor
Luis
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