Sinto,
Pressinto,
Que não estou mais aqui.
Meu corpo vagueia,
Sem destino certo,
De mãos dadas com a dor,
Coberto pelo manto da tristeza.
Meus olhos, oceano de lágrimas
Naufragaram na vida que se perdeu
A noite, minha amiga e companheira
Acalanta meus ais,
Afaga meus negros cabelos,
E me canta uma canção de ninar,
Fazendo-me dormir e do pesadelo da vida despertar.
Viajar para o sonho,
Que é viver a vida,
Sob a névoa da fantasia,
A fantasia nívea refletida,
No desejo,
Na vontade de acordar.
Acordar no paraíso,
Ser um elo perdido,
Uma parte do que ainda hei de encontrar.
Mirtes Waleska Sulpino, Março de 2008.
Mirtes Waleska Sulpino