De que vale chamar a morte
Aquela que já está marcada
Que serve como suporte,
Que já não vale nada
Apenas um passaporte
Para a vida desejada.
Sem paraíso ou inferno
Um fado que é sempre o mesmo,
Seja Verão ou Inverno,
Fim com que sempre cismo.
E esse Deus que é falso terno
Num baralho de egoísmo.
Outra missa que se reza,
Mão sobre um livro dito sagrado
Qual predador sobre sua presa.
Ouvir a mentira Do tão esperado,
Vela de promessas acesa…
Memória lembrada de mais um finado.
O que escrevo não é heresia
São as palavras em que penso.
Jamais irei a uma eucaristia
Enquanto me durar o bom senso,
Continuarei sim a escrever poesia
Que flui ao queimar incenso.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma