Quando na madrugada lhe assaltava aquele desejo irrefreável, seus lábios secavam e desandavam a tremer,pupilas dilatadas seu corpo pedia, clamava quase febril,logo ela levantava,descia até a cozinha meio ao silêncio e punha-se a preparar os cakes de morango. Enquanto os fazia os seios pontiagudos pareciam querer cortar a fina camisola de seda que acariciava sua nua pele.
Acresciam-lhe o calor as intensas ondas de prazer a cada deslizada de creme que compunham as fartas camadas por entre três finos cakes, cada espátula do alvo machimelo e creme de leite eram alisadas em quase gozo, a textura tenra era por ela acariciada e suas entranhas molhadas latejavam num ritmo frenético. O êxtase, ápice dava-se ao final quando quase em transe passava a última camada da cobertura e fincava os frescos morangos.Ia então deitar novamente, não raro diariamente amanheciam três a quatro cakes na geladeira.
Não entendiam as mulheres da rua como ela a vizinha solteira e solitária acordava esfuziante todos os dias e era o encanto do mercadinho e da Padaria na hora do pão, tinha a pele viçosa um brilho espetacular nos cabelos, sorriso escancarado nos lábios carnudos e um olhar de satisfação.
Não entendiam também porque seus homens, maridos e amantes tinham verdadeira paixão pelas tortas que ela vendia,comiam insaciáveis, apetitosamente e faziam com elas, depois da torta,o melhor e mais indecente amor de suas vidas e gozavam, gozavam, gozavam...
[size=large]Citando:
A felicidade é branca... O amor tem matizes que nos fazem ver o infinito..
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O desejo de escrever persiste, por vezes em tons felizes, vibrantes cores, outras em tons pastéis. cor de pérola, mas o que importa é que não há r...