…tarde e se o que dura é um instante – escrevi -, a tarde persegue os filamentos da emoção pela memória que vai matar não morrer. Este foi o lugar onde o vento uniu os cabelos imagináveis ou a simbiose do que ainda não amei na pele – pele próxima, próxima pele da espera. As pétalas que há na vida lavam o pavimento, abre-se a cratera para o espaço móvel, no hall digerir o mar no horizonte dos dedos,
nunca senti a dureza da verdade como nestas horas, essa palavra áspera para desfazer na língua, alimentar as aves numa aurora insidiosamente difusa agora. E não ler mais, não escrever mais nas paredes a respiração das sílabas ou os nome no areal. Perder os traços inomináveis da luz. A pressão sanguínea na fronte como uma máquina que debita a distância inevitável, ao som da sombra quase,
na reverência dos arredores onde se erguem os edifícios da mágoa e não se podem demolir. Não se podem extinguir na nudez do corpo, na elegia das palavras,
a memória presciente assedia as artérias do invulnerável. Para sempre em todos os verbos iluminados.