Perco-me nas vozes que me divagam...
Perco-me no silêncio que me invade...
Perco-me na solidão que me assola...
Perco-me no tempo e no espaço...
‘a melodia que soa a traição
e a balada da mentira
não me saem da cabeça...
perco-me no esquecimento...
perco-me na vontade de sorrir...
perco-me nos acordes do silêncio..
que invade o meu ser
a cada instante
em cada momento...
perco-me na espuma do mar...
perco-me nas nuvens que esvoaçam...
perco-me na efémera palavra...
de me perder a mim próprio!
Perco-me na cinza das horas...
Perco-me na chuva...
Perco-me nas bolas de sabão...
Perco-me no meu próprio olhar!
Bruno Ribeiro
PMS, 11.Fev.007