Nem tudo que pari é mãe!
Existem loucas insandecidas,
Que trituram as crias
Ou as querem como sustento de vida!
Nem tudo que pari é mãe!
Há feras tristonhas e cruéis
Que derramam su'amargura
No seu único pedaço de céu!
Nem tudo que pari é mãe!
Tantas hipócritas fingidas
Sustentando a aparência de mães perfeitas,divinas,
Quando na verdade são abutres a destroçar
O Fruto do seu ventre como se fora carniça!
Nem tudo que pari é mãe!
Sob o teto de lares muitos choram, se acabam,
Muitos mentem e se calam
Por medo do algóz ou mesmo amor
Sofrendo sozinho num canto qualquer
Para os olhos do mundo não o verem...
Por isso digo:_Nem tudo que pari é mãe!
Silenciosamente sombria
trazem profundas marcas da infância,
desgostos pra toda uma vida,
Dores pungentes, jamais esquecidas,
Humilhações que não se pagam n'alma de criança,
Cicatrizes que se abrem constantemente
Por espinhos eternos cravados pela insanidade,
E sangram sem dar trégua!Sangram! Sangram!...
Repito!Nem tudo que pari é mãe!
Falsos carinhos que vão nos congelando o coração,
Com fúria e revolta calcificante,
Pela farsa d'um amor aparente
E d'um respeito que nunca existiu...
Que oculta a crueldade contra a inocência
De indefeso ser que sucumbiu a dor...
Nem tudo que pari é mãe!...
Mas amor que cria é são,
Toda fé com obras, sim,é criação.
O homem justo cresce e se desenvolve ético por opção, não por coersão.
Mônicka Christi