QUADRO POÉTICO (1989)
Vou pintar
o que escrevo,
como se estivesse
escrevendo...pintando.
Com um pincel largo,
e outro fino, os
tubos de tintas cores
bem vivas deixando.
Cores mais claras,
em tons fortes, nada
muito escuro no
que estou pintando.
Misturando-as
numa tela alegre,
só manchas e relevos
é o que vai ficando.
Não há nada definido,
nem forma alguma,
somente a emoção
de um lindo colorido.
E num tom natural
como o azul do céu,
coloquei este branco
de um amor só meu.
Mas neste canto onde
manchas lembram o pranto,
assinei com o vermelho da
paixão que ainda não morreu.