Ó olhos de Sofia! Ó estrelas do Terra!
És para eu mesmo como olhos do céu.
Ocultos sob A opacidade do frio véu,
Em que a paixão se me encerra.
Me expresso baixo e trêmulo ao deitar-lhe a fala,
Olhos luminosos, mais luminosos do que o céu,
Olhar vagante a perder-se ao longe; ao leu,
Então, lhe falo da paixão que se me instala.
Estas estrelas são menos lindas que seus olhos,
E me ferem tanto ou quanto me ferem os abrolhos,
Mas, é você Sofia a própria formosura.
Loquaz e destemido do seu amor sou eu escravo,
Ante o perfume que se me exala o desagravo,
Se eu lhe amo com total lisura.