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[SONETO PARA SOFIA]

 
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Ó olhos de Sofia! Ó estrelas do Terra!
És para eu mesmo como olhos do céu.
Ocultos sob A opacidade do frio véu,
Em que a paixão se me encerra.

Me expresso baixo e trêmulo ao deitar-lhe a fala,
Olhos luminosos, mais luminosos do que o céu,
Olhar vagante a perder-se ao longe; ao leu,
Então, lhe falo da paixão que se me instala.

Estas estrelas são menos lindas que seus olhos,
E me ferem tanto ou quanto me ferem os abrolhos,
Mas, é você Sofia a própria formosura.

Loquaz e destemido do seu amor sou eu escravo,
Ante o perfume que se me exala o desagravo,
Se eu lhe amo com total lisura.




 
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JoseLopes
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