Menino dos olhos mansos vem agora ter comigo, tenho rosto manchado pelas lágrimas que a saudade chora, tenho as mãos enterradas na terra fria da minha alma, tenho o corpo deitado neste chão de distâncias que nos pertence mesmo sem vontade... tenho, tenho o coração a pulsar por ti.
Gotas de sangue, gotas que ecoam alma fora, vida dentro, sangue de ausências, sangue de medos, de distâncias...
Menino dos olhos mansos vem agora ter comigo, tenho a vida coberta pelo cheiro dos teus passos, tenho os olhos cheios com beijos e beijos que guardo para ti, tenho nas formas do meu sorriso redondo cada recordação dos teus gestos, dos teus sentimentos, de ti.
Gotas, lágrimas, verdades que se desprendem pelo meu corpo, repentes vadios de mim, pureza de um querer que se escusa...
Menino dos olhos mansos, vem! Vem!
Há mil urgências de ter-te a meu lado, mil urgências de ver-te, tocar-te, sentir-te... mil urgências de ser-te!
Agora... Vem!
. façam de conta que eu não estive cá .