O corpo avança, move-se no ritmo desta dança. Encontra o teu que se abraça num tango rasgado, numa valsa. Sentem-se os pés voar, sobre o chão coberto de pétalas, vibra teu corpo em meu corpo colado, voamos sem ter asas. Nesta música que nos embala, sente-se o ritmo das almas que se enlaçam, neste silêncio feito de palavras, grita o cantor as suas mágoas, e nós com ele dizemos tudo aquilo que queremos ouvir, sabemos sentir em cada a arrepio da pele, o próximo passo, delírio inconstante deste corpo que em suave frémito se agita.
Sigo teu corpo, no ritmo suave do meu, dança lânguida que pelos corpos escorre, prazer que em nossos braço morre, noite mágica que a alma embala num berço de estrelas pontilhado, numa música que a todos abraça.
E voo, sobre teu corpo, como brisa do vento que te trespassa, abraça e acaricia, num lago de água tépidas onde tua essência mergulhas, num ritmo que ondas agita e marés provoca, derramando sobre a areia branca da praia esta dança que em teu corpo crepita.
Pergunto-te agora em silêncio, no início desta música efémera, quereis dançar comigo?