Entre o azul bêbado do céu, erguem-se,
imponentes, árvores fortes e frondosas,
desbravando novos caminhos de pedras,
urdindo seu rasto, de folhas verdejantes.
Desbravando velho mato, cantar silente,
anuncia água mais à frente, anunciando
a limpidez de um rio, que, não cessando
sua vertigem, vai de seixo em seixo, gris.
Cantam além os pássaros, nos raminhos
mais escondidos, enchendo os pulmões
de ar, para que a música, vá na floresta.
Um casal de namorados, de mãos dadas,
vê como firmes são estas velhas árvores,
afirmando em cada primavera, estatuto.
Jorge Humberto
26/11/08