Nunca hei de orgulhar-me,
De ser humano nas esferas deste astro,
Putrefato, enlameado por litros de pecado,
Erguido pelos pilares do inferno.
Não, não é de meu agrado, crianças de pés descalços,
Políticos sem alma, sangue derramado,
Miséria, brindada pelo néctar da corrupção,
Donde se fazem enfermos, sem hospitais,
Drogas, mazelas, prostituição.
A flora aqui se vai em vão, ao chão e vira fumaça,
Fauna, aqui só a dos mais horrendos animais,
Do que domina, a água que contamina,
A terra que destrói, a vida que desfaz,
O planeta então perece, e de febre adoece.
Ser humano, fracasso, fiasco do criador,
De cuja alma não é a imagem e semelhança,
Da desgraçada criatura.
Rodrigo Cézar Limeira
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