É uma vergonha, para nós Ocidentais e
restantes países, o que se está a passar,
imponentemente, em Angola, um de
vários países, da mãe África, ela já de si,
tão sofrida, que acho insustentável, o que
aí se passa, demonstrando a todos, a
enorme força de viver, desse povo, quase
sem nada, desde água potável, a saneamento
básico, medicamentos e casas dignas, de lá
se viver condignamente.
Doenças, que, para nós, são banais e tratáveis,
para eles são miséria, doença, sofrimento, e,
muitas das vezes morte. Hospitais não há, o que
existe, são casas de campanha, dirigidas pela
cruz vermelha, que, com todo o seu altruísmo e
amor ao próximo, faz o que pode, em casas sem
ventilação, onde mais facilmente as doenças se
propagam, com o cúmulo de aí viverem todos
juntos, transmitindo viroses, de uns para os outros,
apesar da boa vontade dos enfermeiros e alguns médicos.
Não tendo consigo, os objectos necessários,
para levar avante suas aulas, é com esforço e muita
dedicação, que, os poucos professores, transmitem
aprendizado, aos mais petizes, que, não tendo
cadernos nem lápis para escrever, o que o professor
lhes dita, fazem do chão seu material escolar,
enquanto o professor vai utilizando o único quadro
existente, com uns rudimentares cotos de giz, para
que ao menos, as crianças, possam ler, o que se lhes
está ensinando, ao frio e à chuva, pois as salas de
aula, não têm nem tecto nem paredes, como
protecção, dos pobres meninos e do próprio professor.
E tudo isto, pelo petróleo e pedras preciosas, que
vão alimentando guerras civis e enchendo de
riqueza, os senhores da guerra, autênticos bandidos,
que tudo fazem para que o país não evolua, relegando
o povo, para carne para canhão. De reparar que nenhum
dinheiro, fica nos bancos angolanos, mas sim em bancos
estrangeiros, onde os arruaceiros, vão vender, o que não
lhes pertence, mas a Angola e a seu bom povo. E velhos
e crianças caminham, amputados de braços e pernas,
batendo no rosto e chorando lágrimas, que de há muito
secaram, pedindo humildemente, ajuda imediata, para que
seus filhos cresçam dignamente, num país livre, com tudo,
o que qualquer país exige, para que suas estruturas funcionem
e Angola volte a ser um país lindo, para se viver e visitar.
Jorge Humberto
25/11/08