É em cada palavra, em cada gesto tido,
que deves pôr, tudo de ti, em prol de
teu bem estar, assim, como daqueles,
que são tua companhia, diariamente.
Não te deves negar nunca, tornares-te
ouvinte, de quem apenas um desabafo,
pretende deixar-te, e, quiçá, um conselho
partir de tua boca, mostrando cuidado.
Ante o aqui escrito, não te fuja a verdade
e a idoneidade, menosprezando qualquer
glória efémera, que apenas se acerca da
vaidade, de quem espera, algo em troca.
Triste é a solidão, quem não acha caminho,
para se entregar por completo, mostrando
sua imensa capacidade, para singrar nesta
vida, cheia de rótulos, inquisições e pudores.
Reparando bem, não existe diferença aqui,
já que todos temos sentimentos muito
parecidos, simplesmente uns auferem de
mais cultura, e, reparti-la, é sua obrigação.
Pois ninguém nasce inculto, e, debaixo, do
azul, deste céu, há só os que esperam uma
oportunidade, para mostrar a sua inteligência
e culto interno, longe de toda a advertência.
Embora tenha acabado a tirania, muita coisa
ficou, desse passado longínquo, basta ver
os segredinhos das pessoas, acerca de seus
vizinhos, concretizando a maldita xenofobia.
E em todos os domingos, no plano da igreja,
engraçado como todos parecem uns santos,
para depois, já no adro, da santa casa, serem
só pobres maldizentes, de tudo e de todos.
Assim, deixo dito: vive e deixa viver, cada um
com sua maneira de ser, sem exigir dos outros,
o que a ti não exiges, pois não passas de um
humano, dado a defeitos e algumas grandezas.
Jorge Humberto
24/11/08