Quando eu parti, era uma tarde triste de um dia qualquer do mês de agosto Guardei no olhar a expressão do teu rosto e falei. És passado! E passado não existe
Mas que passado, que nunca passou? E que se faz presente a todo instante No tempo de um sonho que se vai distante na tarde em que a saudade me abraçou
Eu já nem sei mais se ainda te amo nem porque em meus sonhos te chamo se as tardes perderam toda a beleza e jurei por Deus, não mais te amar
E passaram-se tantos setembros que já nem sei, não mais me lembro Guardei-os nas profundezas bem lá nos confins do mar
E aquela tarde de agosto me deixou marcas no rosto E uma infinita tristeza fez morada em meu olhar...