Sinto o gosto de sangue
Misturado com o amargor de minha ferida
Sangue doce como vingança
Em contradição ao azedo de minhas lembranças
Sangue este que me impulsiona
Leva-me ao delírio e a sede pelo prazer
O prazer que não posso ter
Meus pensamentos me paralisam e me levam a gemer.
Agonia interminável
Que me aprisiona como um rato encurralado
Congelado no aqui, no agora e no passado
Agonia interminável que me segue de forma impecável.
Perco o fôlego,
Minha pele esbranquiçada,
Minha mente congelada,
Meus olhos espremidos.
Sou uma alma atormentada por sua sede não saciar!
Desde destino cruel eu não posso escapar.
As únicas coisas hoje que poderiam me salvar,
São as mesmas que me levam a querer me suicidar.
Agonia que torce e retorce
Que faz com que eu durma de dia, e a noite, fique acordado.
Afogo-me na dor e no desespero
Sem saída por todos os lados afundo-me no passado.
O crucifixo, um cargo a que carrego
Agonia suprema da alma
Cada vez mais me sinto mais aprisionado
Como se eu estivesse em um cárcere privado
Por mais que eu tenha aflição
Devo confiar, e seguir minha intuição.
Condenado a vagar por emoções reprimidas,
Este refúgio imaginário me impede de despertar.
Dor e ódio me consomem.
Eu estou muito cansado sabe?
Eu estou exausto,
E preciso descansar.