POESIS BRASILIS III:
“Ébrio do sonho, sonhador eterno
Nos meus sonhos de bêbedo diviso
O amor a conduzir-me ao Paraíso,
Ao mesmo tempo que me leva ao Inferno.”
(DA COSTA & SILVA, Canto do Bêbedo)
SOMBRAS & SONHOS
(Davys Sousa)
Esta sombra funesta cobre um coração,
Deste meu ser que se evapora.
As trevas que me antecedem em toda expiação.
E em mim, toda a essência humana,
Quase eterna,
Exilado de sonhar com amores perdidos,
Sonhar com doçuras ao obsoleto calar da noite,
De amar a vida que se libertou:
Sonhos são esquecidos.
Sonhos, sombras que sussurram.
Todos mortos! Sarcófagos perdidos.
Sonhos, flores que ferem, passam
Com sórdidos ou iludidos pensamentos e beleza
Em sã consciência.
Triste, sonho, perdido com a vida
Que pensei em ter.
E com o amor que eu poderia sentir,
E nas sombras, meu nome foi esquecido...
[Da face deste Mundo]
Davys Sousa
(Caine)