No mundo fantástico da fantasia, existiu a “Terra do nunca”, lugar da eterna infância, hoje, no mundo das relações, deparamo-nos com a “Terra do fica”, do instantâneo, do experimentar, do inconsistente relacionar...
Jurássicos do amor
O tempo passou: Mudaram as pessoas ou mudaram as relações?
Diria que mudamos todos, em atitudes, crenças e mudou também a sociedade. Há algum tempo, o amor era sentimento de puro respeito, amava-se admirando, admirava-se respeitando e as relações e conduziam de forma mais duradoura e menos permissivas.
Hoje se banalizou bastante relações, sentimentos e as próprias pessoas. Fica-se muito, troca-se muito, expõe-se muito, ama-se de menos. Facilidades a parte, hoje qualquer um, por qualquer razão diz “ Eu te amo”. Poucos sabem o exato significar desta frase de aparência um tanto comum, ou então perderam isso de vista.
Homens e mulheres caminham sem saber bem o caminho pelo qual se conduzem e o amor verdadeiro, genuíno vai ficando para trás perdendo espaço e importância para o que se pode chamar “Sentimentos instantâneos ou fugazes”, relações permeadas de interesses condicionais.
Amor do passado, amor verdadeiro se fazia incondicional. Algo assim como amar pelo simples fato de amar, sem restrições, isento de defeitos, desconsiderando quaisquer considerações. Amor pelo amor.
O novo amor se delineia como uma vertente do amor ganha contornos mais materiais, temporais. E já não suporta tanto, consente mais e neste consentimento se descaracteriza do amor enquanto verdadeiro. Homens e mulheres progrediram, evoluíram, liberaram-se, adquiriram maior confiança, super auto-estima, mas perdeu-se no quesito amor/sentimento. Essa ruptura com as convenções trouxe consigo mais instantaneidade, portanto mais opcionais, possibilidades infinitas de descarte, trocas e minorou o valor de se relacionar estavelmente. Já não se namora quase, experimenta-se muito, já não se ama incondicionalmente. Ama-se na medida do que atende a interesses, esses quase sempre materiais, corporais.
E onde os sentimentos resistem bravamente, estão chamando de “Jurássicos do amor”.
Asseguro aqui uma posição, o amor precisa ser reinventado. Enquanto isso sobrevivo nas terras perdidas onde restam fósseis destes seres a muito extintos.
[size=large]Citando:
A felicidade é branca... O amor tem matizes que nos fazem ver o infinito..
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O desejo de escrever persiste, por vezes em tons felizes, vibrantes cores, outras em tons pastéis. cor de pérola, mas o que importa é que não há r...