Lá se vão as flores do vaso!
Em meus olhos marejados d'esperança...
Dos sonhos que as meninas de trança
Acalentam em seus íntimos atalhos!
E das chuvas, aparei com minhas mãos,
Gotas fiéis em minha alma dormente;
Se choro sem o sol em minha mente,
Trago dentro do peito forte explosão!
E se levitar nas minhas vestes,
Nuas folhas rotas sem messes
Hei de chorar os desejos vãos...
Na minha boca chora a poesia,
No meu sorriso chora a estrela fria,
Que se perdeu do rumo na multidão!
(Ledalge, idos de 2007)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)