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Um banco, uma sombra, uma cena, um poema

 
Da terra onde me sento
Na minha aldeia pequena
Do tamanho de um mundo pequeno
É o banco e a cena
Sol ardente, sombra serena
Sombra que destila veneno
É pequena a arena
Da praça e do coreto
Mas grande o calor
Que desfaz o meu esqueleto
É pequeno o horizonte
Como pequeno o olhar que lhe lanço
Grande a árvore, pequena a sombra
Veloz o seu balanço
Apetece-me morrer e renascer
E voltar a morrer e nascer
Tantas vezes por dia
Que a vida teima em negar-me
Essa esperança amarga e vadia
E olho pequeno o mundo
De olhos grandes e risonhos
Na esperança pequena da vida
Porque grandes são os sonhos
 
Autor
Raul Cordeiro
 
Texto
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/11/2008 23:14  Atualizado: 19/11/2008 23:14
 Re: Um banco, uma sombra, uma cena, um poema
Olá, poeta! Lindíssimo poema! Parabéns pela belíssima obra!
abraços poéticos!