Os ossos desfazem-se
a vida deixa de fazer sentido
a dor, o sol que desaparece
a escuridão que toma o seu lugar
nada, nada é o que existe
nada é o que eu vejo
tudo se foi
tudo desapareceu
a carne, apodrece
as veias congestionadas
a morte súbita
o fim da respiração
de novo, tudo igual
a fragilidade da vida
a intermitência em que está ela contida
a dor que não se sente
Nada as consegue separar
voltaram de novo
aqui estão e vão permanecer
Saiam por favor.