Sonetos : 

Minha caravela

 
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Lanço olhares dispersivos pela janela
Com meus pensamentos vagando no ar
Encontro-me numa antiga caravela
Navegando à deriva pelo meio do mar

As minhas rugas são como ondas altas
Que se avolumam nos fortes vendavais
Meus olhos tristes são barcos naufragados
Que sobre as ondas não emergem mais

Meus lábios que já foram ardentes portos
Mas hoje estão frios e já quase mortos
E agora só resta a solidão no meu cais

Velhos amores há tempo me esqueceram
Como gaivotas que no mar se perderam
E para a terra firme não voltarão jamais

jmd/Maringá, 16.11.08



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/11/2008 19:21  Atualizado: 16/11/2008 19:21
 Re: Minha caravela
Lindo, lindo, João!
Muitas gaivotas por aqui também não voltarão mais...
Muito bem dedicado soneto, menino!
Bjins, Betha.