Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
O relógio do tempo inclemente
Que nos faz, um dia envelhecer
E marca as horas intermitentes
Da saudade que faz enlouquecer
Se eu pudesse atrasar, a marcha tua
Isto eu faria sem ter nenhum temor
Voltaria para a noite de tão bela lua
Quando feliz, pude beijar meu amor
Quebraria, teu ponteiro, relógio ingrato
Para que jamais, o tempo pudesse passar
Gritaria minha alegria, como um velho gato
Que ao mundo todo grita por sua gata amar
Pena que isto não é possível de se fazer
E tu segue, tua marcha, sem nunca parar
Para mim, você só para quando eu morrer
Pela dor, de minha amada, não mais voltar........