Elevado anjo de macabra distinção,
Egrégio sonho banhado em sangue,
Falerno doce amargor de meus lábios intactos
Virgem anseio de funéreo encanto.
Dedos delicados tateando o espírito,
Fúlgido grito distímico,
Ao soar no páramo crepuscular plangente.
Uma lágrima some na noite outra vez, a solidão.
Consome as entranhas de uma vida ilusão,
A tristeza no baile das sombras em órbitas vazias,
Reservado pó destino incerto,vago apenas,
O fim da minha dor importa,paixão distante.
Eis que ela discreta insinua-se
Com o alvor jubiloso o lamento derradeiro,
Abraçando-me a Morte finalmente atende ao antigo desejo,
Fulgurantes raios de sol não podem mais torturar o filho do pranto,
A penumbra torna-se escuridão completa engolindo o infinito.