O que fiz?
Tornei-me no monstro
Dos meus próprios sonhos,
No motivo
Dos meus próprios pesadelos...
Digo com conhecimento de causa
Que a auto-destruição involuntária
É das piores coisas que nos
Podem acontecer.
É como ver o barco a afundar
Sem poder fazer nada,
É como desfazer o amor
Que construímos com orgulho!
Destruir o bom e o mau
Que laboriosamente realizámos,
Construir baralho de cartas
Infinito até cair
E nos esmagar com o seu peso.
É o momento em que acreditamos no destino.
É o momento em que nos entregamos a ele,
De forma total e ingénua,
Até o barco afundar,
E o último suspiro gritar entre as ondas.
13 de Novembro de 2008