Inefável é o canto do anjo,
Ineberiado no calor do corpo que some
Um sonho é o suficiente por noite
Natimorto,velejo pelos pensamentos de um outro mundo.
Meus olhos abrem-se com dificuldade,
O tempo esgotou-se indiferente pelo ralo dos dias,
Uma luz difunde-se através da mente fértil e pura
Pesadelo ingênuo torce os braços e pernas atrofiadas.
Sou o filho do deformado celestial,mentido,
Minha genética não é privilegiada no entanto
Disforme encantei um desejo até a forma assumir novos tons de pranto,
Para ganhar um alento ao libertar-se das lembranças de um dia que jamais existiu.
Jamais vivi realmente,penso e existo cadavericamente ,excessão não,
A cultura deve abraçar o sentimento que falta aos homens,
Apenas contemplo em túmulo plácido,
Meditativo,muitos mais que aqueles julgando-se realmente despertos,
Mecanizados e sem amor,detenho o sofrimento atroz do profeta cego
E aquela que desejo perece na transmutação de um lamento notavelmente ingênuo.
Invólucro de um aborto não cosumado,
O medo é o companheiro irmão siamês da doença,ligados pela coluna,
Tristeza que parece evocar uma agressão espiritual fluindo generosa,
Grito de esperança, e a ilusão ela estupra impiedosa
Ajude-me agora,não poderias dedicar algo além da piedade,
Quem sabe, uma palavra,um gesto fingido de paixão obscena.
Estarei sempre esperando pelo melhor momento de fechar os olhos novamente,
Portanto,não lamente pelo que jaz no fundo de um rio infinito de lágrimas,
Uma torrente de sentimentos negativos dispersos em frigidez acídula não consentida,
O letargo é o berço dos fracos e martirizados deprimidos,neurastênicos anseios
Em um primeiro suicídio jamais consumado.