Tal como um céu sem estrelas
É pensar em crianças e não tê-las
Ou viver sem ter um amor
Assim é um casal sem filhos
Como o trem fora dos trilhos
Ou mesmo um jardim sem flor
É como passar sede na fonte
E não ver lá no horizonte
Ninguém para nada deixar
É nunca sentir a ternura
E não perceber a candura
De um bebê para se ninar
É como uma árvore sem flor
Que nunca se verá a cor
De uma fruta dependurada
Como um cacto no caminho
Que possui muito espinho
Mas de bom nunca dá nada
É como não se ter a beleza
De um bolo sobre a mesa
E os parabéns poder cantar
Mas para tudo há solução
Pode-se adotar de coração
Alguns filhos para criar.
jmd/Maringá, 06.11.08
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