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O *pecimista enforcado em um sonho de amor impossível

 
Tags:  tristeza    sombrio    gotico  
 
Engoli a melancolia de uma existência vomitada,
A soma de distúrbios perdidos em espiral autofágica,
Lembranças erguendo-se de trevas em memória de mártires,
Um brilho evocado dos lábios frios materializando-se
Assim que a escuridão é rompida pela manhã,silenciosamente.

O céu desabou a guisa de armadilha,mortalha,
Fatalmente acreditei no paraíso exibido através dela,
Uma confusão acertada em ilusão apaixonada,
Quando a constatação de que o abraço jamais retornará,
Novamente o bastardo cospe sua revolta,
O brilho fugiu de meus olhos,ao dilúculo obscurecido um brinde sanguíneo
pois viver não satisfaz mais nada.

Toda retórica consoladora e fácil
Some no abismo infinito perdido em solidão
Sem as elipses de cápsulas mágicas prozaquianas
Onde estará então quem amo ?
Ao contemplar o fulgor do tântalo ostentado displicente,
O devaneio de uma corda dilacerando a vontade,
Em sufocante cena de morte,um lençol que não move-se sustentado o suicida.

Apagado no espelho fechado,
Contando as tragédias em montes de feridas
Distante,algo desaparece atravessando a luz de outrora,
Estou morrendo,silenciosamente,
Para quem sabe despertar ao anoitecer de um sonho
e descobrir que jamais houve uma chance para nós dois.

 
Autor
RaimundoSturaro
 
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Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 04/11/2008 15:52  Atualizado: 04/11/2008 15:52
Membro de honra
Usuário desde: 29/01/2008
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Mensagens: 1977
 Re: O pecimista enforcado em um sonho de amor impossível
Esse "pecimista" está com muito pessimismo.
Bem escrito. Parabens!

abraços