Oh, mundo insano, olhai para teus filhos,
Vede como eles sofrem com as guerras,
Pois tudo isso são todos teus pecadilhos,
Que em teu núcleo subterrâneo encerras.
Se eu fosse a guerra e tu a paz, trocaria
De lugar contigo, pois muito me apraz,
Ver chegar o sucinto e derradeiro dia,
Em que finalmente todos vivamos em paz.
No Ruanda crianças morrem todos os dias,
Para alimentar os senhores da guerra,
E os abutres esperam o suspiro da terra,
Para se alimentarem da carne em disenteria,
Como num gesto obsceno e contra natura,
Longe, bem longe, da mui esperada cura.
Jorge Humberto
16/04/07