Poemas : 

Saudade de um amor...

 
Há em mim saudades de sol nascente
O calor das manhãs cálidas,
Céu azul em movimento
Promessa de tarde quente

Há em mim saudades de sol-posto
Horizonte que se aconchega,
Dia preso no tempo
Nos olhos, a beleza de teu rosto

Há em mim saudades desse tempo
Praias douradas a bordar a costa
Barcos que arribam de pesca esforçada
Corpos de suor seco pelo vento

Há em mim saudades de além Tejo
Penhascos que desfalecem para o mar
Amor escavado em baías abruptas
A perder de vista, a planície desse Alentejo.

 
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jaber
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 03/11/2008 17:54  Atualizado: 03/11/2008 17:54
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: Saudade de um amor...
E as saudades sempre inspiram belos poemas

Beijinhos


Enviado por Tópico
FátimaAbreu
Publicado: 03/11/2008 17:59  Atualizado: 03/11/2008 17:59
Colaborador
Usuário desde: 11/06/2008
Localidade: Maricá, RJ
Mensagens: 1975
 Re: Saudade de um amor...
Olá, meu amigo querido! Muito lindo teu poema! COMO SEMPRE, POÉTICAMENTE LINDO!!! BEIJOS, COM CARINHO, E BOA SEMANA!


Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 03/11/2008 20:14  Atualizado: 03/11/2008 20:14
Membro de honra
Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7080
 Re: Saudade de um amor...
O Alentejo continua a ser cantado e sempro em ária de saudade.
Lindo poema Jaber

Abraço amigo
A. da fonseca


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/11/2008 12:23  Atualizado: 05/11/2008 12:23
 Re: Saudade de um amor...
Jaber,

Lindo Demais, como Alentejana que sou de alma e coração e terra por quem nutro uma paixão infinita, deixo-te um poema que escrevi á algum tempo,


Meu Alentejo

Papoilas vermelhas pelos montes .
Caminhos selvagens... Maduros !
Água azulada que corre pelas fontes ...

Oiro orgulho que dá o pão ... O trigo!
Alfaia que chora ... Chora comigo !
Ceifeira colhe a hora que passa.
Em hora divina ...
Alentejo do meu Coração ... Estou feliz!
Sou tua Menina!

Meus sonhos , meu Alentejo bonito ...
Os teus braços dentro dos meus abraços ...
Via Lactea fechando o Infinito !
A Seara dos teus beijos … É Pão bendito !

Ao fundo da planicie fica o povoado.
O riacho corre , e mata a sede ao gado,
que no montado está aconchegado...

E eu á tua espera neste Alentejo enorme,
De olhos quietos a observar...
No silêncio da planície a escutar...
Sobreiro mestre que dorme...
Não vais partir ... Eu não vou deixar !


beijo

Luisa Raposo