Neurastênico,arraste-me para conseguir um pouco de prazer,
Esgotado,ebúrneo anjo derrotado sedento por carinho e atenção,
Contemplei a janela de onde se atiram desejos e veias diáfanas,
Masturbando-me trêmulo precedendo o inconciente mergulho no vazio.
Mil luzes pontilhadas aproximaram-se junto com as paredes fechadas,
No silente crepúsculo particular corrompi a sensação de medo
Desejando morrer atendi aos desígnios de um destino maior desconhecido,
Esmagado pela realidade ainda pior sem ajuda.
O frio parece soprar uma doença nos pulmões atrofiados,
Passa pela garganta escorrendo feito sangue purulento, acídulo,
Recolhido sob o lençol branco uma estrela nasce no coração dos melancólicos,
Por favor arraste-me ,arraste-me feito um monstro delicado e sensível.
Tenho um delírio que fará os gestos repetirem-se metodicamente,
Como apreciaria aquele sonho apenas uma vez ainda assim,
Por favor,arraste-me,por favor arraste-me para longe da solidão,
A noite jamais findará com o brilho que emana distante a esperança.