Veio um grande circo na cidade Trouxe um palhaço de verdade Que alegrava toda criançada Nas tardes que havia show Compareciam do neto ao avô Para rir com suas palhaçadas
Mas por trás de toda alegria O palhaço não percebia Que havia algo de trágico Enquanto as crianças, divertia A sua linda esposa o traía Indo ao camarim do mágico
Todos os artistas do circo Já estavam fazendo fuxico Por ver a sorte do coitado E sem saber o que se passava Ele sempre rindo continuava Sendo pela mulher enganado
Em uma noite faltou a energia E para fora do circo saía Para contemplar a luz do luar Quando de repente, assustado Viu que no camarim ao lado A sua mulher acabava de entrar
Pensou e esperou um momento E resolveu espiar lá dentro Para ver o que acontecia Viu os dois se abraçando E quatro tiros foi disparando Nisto a luz se restabelecia
Voltou desolado ao picadeiro E o povão no circo inteiro O aplaudia pela habilidade Ele rindo e chorando falou Vocês sabem quem eu sou Sou um palhaço de verdade.
O poema lembrou-me aquela música: vai, vai, começar a brincadeira.Eu gosto muito da reflexão sobre circo e o palhaço que temos dentro da gente, João.Porém, fiquei com mais dó do palhaço por ele ser corno.Coitado! Um bom poema! Bjins, Betha.