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Regresso

 
Tags:  procissão    Pantaneiros    tropeada  
 
Venho de longe até aqui chegar
Pois tinha saudade de voltar
Ao meu rincão, onde eu nasci
Quero ouvir o cantar da seriema
Para lembrar de uma linda pequena
Que eu deixei no dia em que saí

Venho rever meu cão perdigueiro
Ouvir o berro dos pantaneiros
E o ecoar do som dos berrantes
Quero no meu cavalo montar
Para que possa novamente lembrar
Das tropeadas que eu fazia antes

Aos domingos irei à capelinha
Rezar pela minha finada mãezinha
Que o tempo sem dó já levou
E nos domingos que houver festa
Vou com o chapéu quebrado na testa
Para arrematar a prenda que sobrou

Nos dias de procissão no povoado
Vou por o meu terno novo listrado
E caminharei de mãos dadas com ela
Serei novamente uma pessoa feliz
Depois de ter quebrado meu nariz
Nos anos que fiquei longe dela.

jmd/Maringá, 31.10.08



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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