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Ao Anoitecer

 
Ao anoitecer ergui-me do sono
Pairei na varanda antiga
Solta na doce melancolia
Que me embalava o olhar.
Os corvos esvoaçavam
Sob as lápides envelhecidas
Que se arrastavam no momento.

Sentei-me junto ao Anjo
O de pedra fria e suja
A chuva caia baixinho
Mergulhava nos meus sonhos
E tocava no meu sangue moribundo
Dançando suavemente.

Um som funebre se ouvia
Controlando todo o meu corpo
Que deslizava lentamente
Deambulava sem minha permissão
Por entre as arvores anciãs
Que me acolhiam pela névoa.

O melodia cessou
Junto ao castelo assombrado
Onde sem pudor eu entrei
E sem medo abraçei ferozmente
As eternas caricias da morte.

 
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Lunar
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Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 17/04/2007 21:29  Atualizado: 17/04/2007 21:29
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Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa/Peniche
Mensagens: 1562
 Re: Ao Anoitecer
Um passeio pelo lado negro e sombrio da alameda da vida. Uma história tenebrosa ...
Não obstante, bem escrito e de fácil leitura.

Um abraço d(a) Mel que no blog www.noitedemel.blogs.sapo.pt é ... "DarkMoon"...